Que está acontecendo com o clima?
- Aumento da temperatura: segundo o IDEAM, no ano de 2023 foram registradas as temperaturas mais altas na história do país. Estima-se que para o ano de 2050, a temperatura média anual poderia aumentar entre 1.4°C e 2.0°C, com graves consequências para a agricultura, a saúde e os ecossistemas.
- Eventos climáticos extremos: alagamentos, secas, ondas de calor e tormentas tropicais têm se intensificado nos últimos anos. Em 2023, Colômbia experimentou uma das temporadas de seca mais severas em sua história, afetando a milhões de pessoas e gerando perdas econômicas significativas.
- Aumento do nível do mar: o aumento do nível do mar ameaça as áreas dos litorais do país, onde se encontram importantes populações e infra estruturas. Estima-se que para o 2100, o nível do mar poderia aumentar até 1 metro, colocando em risco milhões de pessoas.
- Perda de biodiversidade: a mudança climática está acelerando a perda de biodiversidade na Colômbia, poniendo em peligro espécies endêmicas e ecossistemas frágeis. Estima-se que para 2050, Colômbia poderia perder até 30% de sua biodiversidade.
Impactos en el desarrollo social
Por outro lado, os impactos do mudança climático no desenvolvimento social da Colômbia são cada vez mais evidentes:
Segurança alimentar: baixo as condições atuais põe em risco a segurança alimentar da Colômbia, e que afeta a produção agrícola e a disponibilidade da água. Estima-se que para o ano de 2050, a produção de milho poderia diminuir até em um 24%, o que geraria um aumento nos preços dos alimentos e afetaria as populações mais vulneráveis. https://www.unisabana.edu.co/portaldenoticias/paso-en-la-sabana/el-pais-e-la-sabana-comprometidos-con-el-medio-ambiente/
Saúde: o clima também tem um impacto negativo na saúde das pessoas. O aumento das temperaturas e a intensificação de fenômenos meteorológicos extremos como as ondas de calor podem provocar doenças respiratórias, cardiovasculares e diarreia. Além, da mudança climática favorecer a proliferação de enfermidades transmitidas pelos vetores como o da dengue, a chikungunya e a zika. https://www.minambiente.gov.co/mudança-climatico-e-gestion-do-risco/
Água: as mudanças climáticas estão afetando a disponibilidade de água na Colômbia. O derretimento do gelo nas regiões polares, a diminuição das chuvas e a maior evapotranspiração devido ao aumento das temperaturas são alguns dos fatores que contribuem para a escassez de água. Estima-se que para o 2030, Colômbia poderia enfrentar um déficit de água de 14%. https://www.ideam.gov.co/.
Desastres naturais: tem aumentado a frequência e intensidade de desastres naturais como inundações, secas, deslizamentos de terra e tormentas tropicais. Estes eventos causam danos na infraestrutura, as casas e as plantações, e podem gerar êxodos forçados da população.

vulnerabilidade social
A mudança climática na terra representa uma ameaça ambiental para Colômbia, já que também aumenta as desigualdades sociais existentes e gera novas vulnerabilidades que afetam de maneira desproporcionada os grupos mais marginados da população.
Comunidades Indígenas
As comunidades indígenas, assentadas principalmente em áreas rurais e com uma forte dependência da agricultura e a pesca para sua subsistência, se encontram numa situação de especial vulnerabilidade frente à mudança climática. Eventos climáticos extremos como secas e alagamentos, a alteração dos ciclos hidrológicos e a perda de biodiversidade ameaçam diretamente seus meios de vida tradicionais, sua cultura e sua autonomia.
Afrodescendientes
As comunidades afrodescendentes, localizadas em grande medida no litoral ou em áreas propensas a alagamentos, também são altamente vulneráveis aos impactos da mudança climática. O aumento do nível do mar, a erosão do litoral e a intensificação de tormentas tropicais colocam em risco suas moradias, infraestrutura e meios de subsistência. Além, destas comunidades enfrentarem barreiras adicionais como a discriminação racial e a exclusão social, o que limita seu acesso a recursos e serviços para adaptar-se as mudanças climáticas.
Meninos e Meninas: os meninos e as meninas, devido a seu corpo em desenvolvimento e sua maior susceptibilidade a doenças, são um grupo especialmente vulnerável aos impactos da mudança climática. As ondas de calor, as secas e a contaminação do ar podem afetar sua saúde física e mental, ainda que os eventos climáticos extremos possam gerar deslocamento forçado e disrupção em sua educação.
Personas com deficiência:
As pessoas com deficiência enfrentam maiores dificuldades para evacuar em caso de desastres naturais ou para acessar serviços básicos em situações de emergência. A mudança climática exacerba essas barreiras e aumenta sua exclusão social, limitando suas capacidades para adaptarem-se e responder aos impactos climáticos.
A vulnerabilidade intrínseca destes grupos, somam-se a outros fatores que fazem mais complexo o tema, como a pobreza, a falta de acesso a serviços básicos, a marginalização social e a discriminação. Estas condições limitam a capacidade destes grupos para preparar-se para os impactos das mudanças climáticas, responder aos desastres e reconstruir suas vidas depois dos mesmos.

Medidas para adaptar as mudanças e mitigar os efeitos do mudança climático
É fundamental que a Colômbia implemente medidas urgentes de adaptação e mitigação para a mudança climática e para que se reduza seus impactos e proteja as populações mais vulneráveis.
É urgente começar a adaptar o meio com medidas como:
- Infraestrutura resistente: construção de moradias e edifícios mais resistentes a terremotos, alagamentos e outros eventos climáticos extremos.
- Alertas antecipados: implementação de sistemas para alertar as comunidades sobre a chegada de eventos climáticos extremos.
- Proteção de recursos hídricos: implementação de medidas para conservar a água e melhorar seu uso eficiente.
- Manejo sustentável de bosques: proteção dos bosques e promoção da reflorestamento para reduzir a erosão e capturar carbono e para mitigar os efeitos que estamos vivenciando é necessário abrir a cabeça a soluções como:
- Energias renováveis: Inversão no desenvolvimento de fontes de energia renovável como a solar e eólica.
- Eficiência energética: Implementação de medidas para reduzir o consumo de energia em todos os setores da economia.
- Proteção de bosques: Conservação dos bosques e promoção do reflorestamento para capturar carbono.
- Consumo sustentável: Promoção de estilos de vida mais sustentáveis que reduzam o custo do uso de carbono individual.
Políticas públicas para fomentar estudos sobre as mudanças climáticas
Tem-se feito certos avanços na matéria, como a atualização que o governo da Colômbia apresentou em 2023, de sua contribuição determinada a nível Nacional (NDC) frente a CMNUCC. En este documento, Colômbia se comprometió a:
- Reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 51% para 2030, com relação a 2010.
- Alcançar a neutralidade do carbono para o ano 2050.
- Destinar 30% de seu território terrestre à conservação da biodiversidade.
No mais alto nível, é fundamental que as políticas públicas e os programas de adaptação à mudança climática na Colômbia reconheçam e abordem as vulnerabilidades específicas de cada grupo social. Requerem-se de enfoques diferenciados que considerem as necessidades e contextos particulares das comunidades indígenas, afrodescendentes, meninos e meninas, e pessoas com deficiência.
Também é essencial promover o empoderamento da participação ativa destes grupos na tomada de decisões relacionadas com a mudança climática. Seu conhecimento local, suas experiências e suas perspectivas são incalculáveis para desenvolvimento estratégico da adaptação efetiva e culturalmente apropriadas e se requer uma inversão significativa em programas sociais que fortaleça a resiliência dos grupos mais vulneráveis à mudança climática. Isto inclui melhorar o acesso a serviços básicos como água potável, saneamento, educação e saúde, assim como promover a inclusão social e econômica destas comunidades.
Cifras, dados e fatores de risco: chaves para a tomada de decisões
O acesso a dados confiáveis e a análise de valores relevantes são ferramentas indispensáveis para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e programas efetivos para enfrentar a mudança climática na Colômbia. Conhecer a magnitude dos impactos potenciais, as áreas mais vulneráveis e os sectores mais afetados permite tomar decisões informadas e focalizar nos esforços de maneira estratégica.

Conhecer a problemática a fundo podendo ajudar a:
- Identificar riscos e vulnerabilidades: os dados permitem identificar as áreas do país com maior risco de sofrer os impactos da mudança climáticas, como secas, alagamentos, aumento do nível do mar e eventos climáticos extremos. Esta informação é crucial para a elaboração de medidas de adaptação e a proteção de populações mais vulneráveis.
- Avaliar os impactos: os dados que facilitam a avaliação dos impactos da mudança climática em diversos sectores, como a agricultura, a saúde, a infraestrutura e o turismo. Esta informação é essencial para a tomada de decisões em matéria de investimento público e a atribuição de recursos.
- Monitorar e fazer desenvolvimento: o desenvolvimento contínuo dos indicadores climáticos e socioeconômicos permite avaliar a eficácia de políticas e programas implementados para enfrentar a mudança climática. Esta informação é chave para realizar ajustes e melhorar as estratégias de adaptação e mitigação.
- Comunicar e sensibilizar: os dados e indicadores servem como base para a comunicação efetiva sobre os riscos da mudança climática e a necessidade de tomar medidas urgentes. Isto contribui para a sensibilização da população e a promoção de ações responsáveis a nível individual e colectivo.
Que informações podem ser aproveitadas para nutrir de conhecimento os novos estudos sobre efeitos das mudanças climáticas?
- Projeções de mudança climática: modelos climáticos permitem projetar o aumento da temperatura, mudanças nos padrões de precipitação, aumento do nível do mar e outros indicadores relevantes para o futuro do país.
- vulnerabilidade social e económica: estudios socioeconómicos identifican las populações e sectores más vulneráveis a os impactos do mudança climático, considerando factores como la pobreza, la ubicación geográfica, la dependencia de recursos naturais e la capacidad de adaptación.
- Impactos setoriais: análise setoriais que avaliam os impactos da mudança climática na agricultura, a saúde, a infraestrutura, a energia e outros setores chave para a economia e o bem-estar da população.
- Custos econômicos e sociais: estimativas dos custos econômicos e sociais da mudança climática permitem avaliar o impacto financeiro da inação e a necessidade de investir em medidas de adaptação e mitigação.
Implementando todos os mecanismos anteriores, aqui apresentados pode-se dizer que estaríamos mais preparados para as mudanças climáticas que é uma das maiores ameaças que enfrenta a Colômbia na atualidade. Seus impactos estão sendo sentidos em todo o país e colocam em risco o desenvolvimento social e econômico. Mas é fundamental que o governo, o setor privado e a sociedade civil trabalhem juntos de maneira urgente para implementar medidas de adaptação e mitigação ambiciosas. Só assim, poderemos proteger as populações mais vulneráveis e construir um futuro mais resiliente e sustentável para Colômbia.