Afinal, qual o papel dos animais de estimação?
Para entendermos o significado dos animais de estimação na sociedade moderna precisamos viajar para o passado. Evidências paleontológicas sugerem que o primeiro animal a ser domesticado foi o lobo primitivo. Na árvore evolutiva aquele se dividiu na espécie selvagem conhecida até hoje e os cães. Atualmente os cães habitam vários lares humanos e são considerados membros da família na maioria dos continentes do mundo e por incrível que pareça, eles são considerados uma iguaria alimentar em alguns países, principalmente em países asiáticos. Enquanto isso há quem diga que os gatos até hoje não foram completamente domesticados. Talvez por isso muitos considerem que eles têm sete vidas. Uma vida para cada tentativa de carinho (rsrsrs). Mas quem tem gato sabe, são muito carinhosos e exigentes com o nosso compromisso.
Como foi a domesticação dos cães ?

Existem diversas teorias sobre como os cães foram domesticados. Mas, vou compartilhar com vocês a minha, com boa base científica e de minhas observações. Os lobos primitivos se aproximaram de núcleos familiares humanos antes mesmo deles saberem o que era cultivar vegetais, ou seja, ficar num mesmo local. A partir do momento que esses lobos ficaram mansos, as estratégias de deslocamento humano mudaram. Pois, os lobos protegiam as crianças e idosos de predadores, afastando qualquer ameaça. Então, esse enorme cérebro que temos resolveu raciocinar “se não precisamos sair para procurar alimentos podemos cultivar eles aqui perto”. Foi quando surgiu a agricultura e a criação de animais para o abate. Mas, claro que os lobos protetores ficaram de fora do nosso cardápio, ao menos aqueles amigáveis, lembram que até hoje se come cães pelo mundo? Até porque, a partir da domesticação os lobos passaram a serem cachorros mansos que hoje andam pelas ruas dentro de bolsas e carrinhos de “bebês” adaptados.
Como foi a domesticação dos gatos?
Assim como os lobos, os gatos selvagens viram vantagem em estar próximos de seres humanos. Nessa época nós já havíamos criado sociedades e dominado a agricultura e tecnologia de estoque de grãos. Com isso atraímos uma espécie animal que até hoje nos causa arrepio, mas que depois das baratas serão os únicos sobreviventes de qualquer catástrofe humana, os ratos. Como os pequenos felinos selvagens eram excelentes caçadores eles viram uma excelente oportunidade de capturarem suas principais presas perto dos silos. Ao mesmo tempo passaram a conviver com os seres humanos que ali estavam e começou uma relação de confiança que até hoje tem que ser renovada a cada geração. Por isso, muitos os classificam como animais semi-domesticados. Pois, basta uma geração sem contato humano para se tornarem selvagens novamente, diferente dos cães que precisam de três a quatro gerações. Portanto, se um gato quer estar perto de você é porque você é um membro da família dele e não o contrário. A prova disso são os presentinhos que ele nos traz (ratinhos, sapos, baratas, lagartixas…)
Membros da família e abandonam mesmo assim?
Apesar de algumas pessoas tratarem os animais de estimação como seres humanos, muitas das vezes quando há algum problema elas os veem como objeto e os abandonam. Mesmo sendo uma afirmação pesada, infelizmente a realidade nos mostra isso. A maioria de cães e gatos em situação de rua é oriunda de abandono e não de nascimento na rua. Principalmente os cães, os gatos conseguem se virar melhor em uma geração como já dito anteriormente.
Abandonar e adotar, no Brasil, são situações que podemos classificar como enxugar gelo. Os motivos para o abandono são diversos, econômico, risco a vida… e o principal, falta de noção. Esse último está presente em muitos que adquirem um animal de estimação, não tem noção do que é a responsabilidade e tempo necessário para prover o bem-estar dos animais e quando incomodam, os jogam na sarjeta.
Portanto, não compre cães de criadores não credenciados. Adote!!! animal de estimação não é objeto e nem capital social.